Joga a moeda e vê,qual a sorte que vai dar Se o destino é muito forte, a moeda é um corte Que dá pra morrer e se a vida é meia morte A morte só vem pra quem viver
Ê, ofício Oi, que vida difícil de entender
A minha raça É o produto da cana e da cachaça Café, ouro velho e alcobaça É uma rosa acabando de nascer
A minha terra É um mosaico de pedra portuguesa Pintada de sangue, com certeza Em volta do mangue pra se ver
A minha casa É uma cabana de palmeira Que dá palha pra esteira Onde eu durmo pra esquecer
Ê, ofício Oi, que vida difícil de entender
O meu enfeite É uma figa, é uma concha, é uma guia É uma folha de arruda, é simpatia Que a gente não pode saber
O meu amor É mistura de dengo e de carinho É um molho de coentro e de cominho É uma reza maldita de benzer
Minha cantiga É oração das rezadeiras É o canto das lavadeiras Que eu sempre quis aprender
Ê, ofício Oi, que vida difícil de entender
Compositores: Antonio Carlos Nascimento Pinto (Toninho Nascimento) (ABRAMUS), Romildo Souza Bastos (Romildo) (UBC)Editor: Sony Music (UBC)Publicado em 2003 (11/Set) e lançado em 2003 (01/Out)ECAD verificado obra #60813 e fonograma #614579 em 06/Abr/2024 com dados da UBEM