Consciência Humana
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Periferia Tem Seu Lado Bom

Consciência Humana


Apesar dos males que existem na periferia, periferia também tem o seu lado bom;
Ema parte desse lado bom está a feira, a capoeira, o samba, o carnaval ainda é nosso;
Olodum, Maculelê, futebol, dignidade, humildade, rap nacional;
E junto com o rap nacional grupo Consciência Humana, De Menos Crime, U Negro;
Homens Crânios, DRR, pedimos á todos você que conosco embarquem nessa viagem.

(2x) Periferia Tem Seu Lado Bom.

Hei boy playboy, se liga na idéia o assunto é de favela;
Do lado escuro, obscuro e de idéias certas;
Mas de espaço reduzido e não tanto deprimido;
Com as conseqüências da sua jogada;
Se liga na parada;
Consciência Humana tem o dom da palavra;
Sabemos o que se passa, por que sua massa acha;
Que não sabemos de nada;
E que estamos acomodados do lado mais fraco;
E que com eles ninguém pode, não pode;
Não somos fracos, somos muitos e muito fortes;
E temos nossos planos de vida que nos incentivam á lutar;
Contra vocês burguesia nazista de mente falida;
Playboy o seu futuro é planejado, o seu dinheiro é válido;
Mas seus planos são fracos e chegamos pra te enfrentar playboy;
Quebramos a cara no mundo, frutos do seu plano sujo;
Para nos ver no escuro do lado obscuro da periferia, ó quem diria;
Que essa gente que você tanto marginaliza;
Iria conseguir adquirir experiência de vida playboy, boy, boy;
Apesar dos pesares pesados marcados;
E cicatrizados pela força de vontade de viver;
Ou melhor, sobreviver de maneira possível;
Nada é impossível;
Ainda há um sorriso estampado em cima de tudo isso;
Tentou no pôr no enguiço boy, se liga nisso playboy;
A vida é outra, boy, não se ponha em perigo playboy;
Pois temos objetivos;
Que nem a elite com seu poder fortíssimo;
E seus soldados com suas fardas e armas conseguirão apagar;
Já me senti culpado por aquele alcoólatra idólatra;
De porta de bar que assiste a TV e acha que sabe de tudo;
Que na verdade está fora do mundo;
Que mais uma vez busca na TV encontrar o seu refúgio;
Pai de família confuso, mas nem tudo está perdido;
É só mais uma confusão;
Consertaremos tudo isto e mostraremos que;
A periferia tem o seu lado bom.

(2x) Periferia Tem Seu Lado Bom.

Na humildade do cidadão a gente acredita;
Naqueles que não abaixam a cabeça para os problemas da vida;
Que com fé e coragem acreditam que tudo pode dar certo;
E são pessoas que estão enxergando que não está tudo acabado;
Pessoas que incentivam outras pessoas a darem a volta por cima;
E superar as barreiras, buscar esse mesmo lado positivo, pode acreditar;
Esse lado em todo o ser humano há pode acreditar;
Pessoas que não são preconceituosas;
Não têm vergonha do são e nem do bairro aonde moram;
Que encaram a vida como realmente é;
Quer dar a mão e está consciente;
Dos atos para se orgulhar de cada passo dado simbolizando união;
A periferia tem o seu lado bom.

(4x) Periferia Tem Seu Lado Bom.

E, no entanto eu estou lembrando é da minha infância;
Do bairro perigoso, da favela cheia de crianças;
Do rosto, do esforço das pessoas que moravam lá;
Que batalharam para conseguir um teto pra morar;
Nordestino iludido com as propagandas que mostrava a televisão;
Era mais uma família pra viver na mesma situação;
E que situação, no conto do vilão;
As propagandas passavam e as famílias chegavam;
A favela enchia e eu me divertia;
De cada família que chegava de umas 2 ou 3 crianças tinha;
Pra mim era só alegria, aumentavam as amizades;
Mas diminuía o espaço e aumentava os desentendimentos;
Mas, no entanto, como sempre chegávamos á um acordo;
E acabava o sufoco daquelas crianças, ó tempo de infância;
Rodar pião, jogar bolinha, empinar pipa, ó tempo de criança;
Brincar de polícia e ladrão pow, pow no matagal;
Dar mergulho na lagoa em dias de sol;
Jogar bola com os camaradas no campo ou na rua;
Tomar puxão de orelha, moleque não brinca mais na chuva;
Esse era o conselho que a minha coroa tanto me dava;
Periferia tem o seu lado bom e eu não enxergava.

(4x) Periferia Tem Seu Lado Bom.

Compositores: Gilson Bezerra de Oliveira (Wgi), Nisio Ferreira da Silva (Aplique), Adriano Mendes de Freitas (Adriano)
ECAD: Obra #1256347 Fonograma #17927565

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