A Bola do Mundo
A bola do mundo, régua e compasso,
O mundo caminha passo á passo,
Se você vacila caiu no laço,
Ficou para trás, mano aquele abraço.
Eu tô pra te dizer,
Tá um puta clima mau mau no ar,
Vivemos num sistema onde vagabundo é mau,
Onde o mal reina e o ritmo é maldade e real,
Que hoje em dia eu não confio mais em ninguém,
Chegar em casa eu vou dizer é bem uma aventura,
E olha lá se eu não trombar a viatura,
Uma par de gambé naquela fissura,
Desculpa a mim por ficar de cara amarrada,
Desculpa a mim por ficar sem respirar,
Desculpa a mim por dizer todas essas loucuras,
Pois então esse é o mundo mundo da rua,
Que num rolê você fica sempre nas segundas,
O clima é ruím e a rotina é cruel,
Se vacilar você sobe é pro céu,
O clima é ruím e a rotina é cruel,
Se vacilar você sobe é pro céu,
Vacilo na área é pênalti, morô!
(2x) A bola do mundo, régua e compasso,
O mundo caminha passo á passo,
Se você vacila caiu no laço,
Ficou para trás, mano aquele abraço.
Pois o mundo gira e gera gerações,
No qual crianças o nosso futuro,
E adolescentes fogem do futuro do presente,
Se escondendo no obscuro, atrás de qualquer muro,
Na nóia de fazer o isqueiro pegar e sua mente fritar,
O bagulho acabou, o barulho dominou, suando frio,
Tik nervoso, febre por dentro no maior veneno,
Dum ponto de ônibus eu vejo tudo isto,
E fico arisco, mas eu tô esperto,
Eu tô eu tô atento, eu tô eu tô ligeiro,
Vou com fé em Deus a todo o momento,
Onde cobra tem nariz, sapo tem bigode,
Macaco velho se morde,
É como diz os mais velhos vacilo na área é pênalti.
(2x) A bola do mundo, régua e compasso,
O mundo caminha passo á passo,
Se você vacila caiu no laço,
Ficou para trás, mano aquele abraço.
Pois eu ando refletindo,
Eu já não sou um menino,
Um pequeno grande homem,
Sei lá seu eu tô mentindo,
Olho para o lado e vejo um menino,
Neste mundo em que vivemos, mano eu não acredito,
Passo a mão na consciência e analiso friamente,
Álcool, mulheres, drogas, desilusão na vida,
Faz desacreditar qualquer família,
O que eu não quero á mim eu não quero á ninguém,
Num sofá do barraco eu vejo num jornal,
Jacks stripadores, serial killers, psicopatas,
Putas e putos enfrentam o circuito, o dano das ruas,
Fecho os meus olhos e chego a entender o Consciência Humana,
E não me preocupar com sentimentos que possam me derrubar,
Pois o meu coração e a minha mente,
Agem em sincronismo com a comunidade,
Mas para a sociedade eu sou apenas um rapper,
Um filho do lado leste, um D.R.R,
Onde tem que se ter o domínio do raciocínio real,
Do raciocínio real.
(2x) A bola do mundo, régua e compasso,
O mundo caminha passo a passo,
Se você vacila caiu no laço,
Ficou para trás, mano aquele abraço.