Me chamam de boiadeiro Boiadeiro é o meu patrão O boi é do fazendeiro Eu não passo de um peão
Quando toco uma boiada Me admiram sem razão Eu sou mais um boi na estrada Empoeirenta do sertão Eu sou mais um boi na estrada Empoeirenta do sertão, ai
Nasci num rancho de tábua Me criei no mangueirão Entre eu e a boiada Não existe distinção
O boi dorme na invernada Fazendeiro na mansão Eu rumino minhas mágoas Lá no fundo de um galpão Eu rumino minhas mágoas Lá no fundo de um galpão, ai
Não me chamem boiadeiro Porque isso eu não sou não Dono de boi tem dinheiro Eu só tenho solidão
A minha maior tristeza É viver na ilusão Se sonho fosse riqueza Eu seria um barão Se sonho fosse riqueza Eu seria um barão, ai
Quando pensei que era gente Piorou a situação Me apaixonei loucamente Pela filha do patrão
Mas pra um moço da cidade Ela deu seu coração Ao longo do meu caminho Vou morrendo de paixão Ao longo do meu caminho Vou morrendo de paixão, ai
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Osvaldo Franco (Dino Franco), Wanderley Antonio da Luz (Tenente Wanderley) ECAD: Obra #971194 Fonograma #575944