Dm Chegou a febre do soja C7 Dm Na região da fronteira Gm Tem gente vendendo gado Dm Deixando aberta a porteira Em A7 Mudando o perfil rural Gm Dm E a paisagem campeira Dm Gente judiando da terra C7 Dm Que me legaram antigos Gm Com veneno dessecante Dm Sem ter noção do perigo Em A7 Roubando a vida silvestre Gm Dm Matando o campo nativo Dm A7 Gm F Minha alma de gaúcho Estampada na poesia C7 Bb A7 Com medo dessa mudança De uma invernada vazia Gm Dm A7 Dm De não ver na primavera Uma vaca lambendo a cria Meus olhos temem o deserto No que era campo em flor De não ver nas manhãs de maio Uma tropa em fiador E o grito de chega paisano Na boca de um domador Talvez por achar que o tempo Não perdoa, não dá trégua E a mão de quem semeia Só tem um rumo que cega Pois o campo embora forte Sua vida um dia se entrega