Sei que por aí tem gente Que de longe me apedreja Fazer a minha caveira É o que essa gente almeja Dizem que é urutu cruzeiro Quando não mata aleija O veneno dessa cobra Nem minha sombra alveja Eu e o meu companheiro Quando canta não gagueja Graças a Deus não sabemos De que cor é a inveja
Sei que tem gente rezando Pra ver a minha derrota Estou provando contrário A esses pobres idiotas Cada disco que gravamos É um sucesso que brota Todo show que nós fazemos O recinto superlota Não devo nada a ninguém Tudo que compro na nota Meu barco é bem dirigido E não vai sair da rota
Comecei minha carreira Lá pelos anos sessenta Por isso estou preparado Qualquer fera a gente enfrenta Eu não ligo pra invejosos Que tem língua de pimenta Que falam da vida alheia E foge quando a chapa esquenta Só quero ver de que lado Que o barbante arrebenta Quanto mais falam de mim Mais o meu sucesso aumenta
Eu não quero ser juiz Não serei vítima nem réu Não sou igual a Caim Que de inveja matou Abel Pra quem merece respeito Com prazer tiro o chapéu Praqueles que me odeiam Eu canto com voz de mel Sou humilde e compreendo Que a humildade meu troféu Jesus também foi humilde E é rei da terra e do céu
Compositor: Edson Camargo de Oliveifra (Edson Camargo) ECAD: Obra #34227780 Fonograma #35915558