Eu tava na ciranda seco de dar pena Doido por uma morena, louco pra em relaxar A lua cheia já dizia oito ou oitenta, eram duas e quarenta Quando eu fui pra atacar
Malemolente cheguei junto Com sotaque vagabundo de malandro paraguaio popular E já sabendo do assunto A morena sincopada se jogou pra no meu corpo se aninhar
Sarapatel, lua de mel, e o pandeiro tocou A gente assim, todinho a fim E o homem dela chegou, o tempo então se fechou A lua cheia broxou, nossa ciranda acabou
Olhei pra ele, ele pra mim, o pau quebrou Nosso berreiro era um terror, mas o troféu era um tesão Ela pedia pra parar nossa batalha Que amanhã ela trabalha, que não é moleza não
Já era dia de repente Quando a gente incrivelmente terminou não tendo força pra lutar Mas a morena tinha sede Tava a fim de uma esticada, de uns amassos pra poder se consolar
Sarapatel, lua de mel, e o pandeiro tocou A gente nem, fôlego tem E a morena chiou, e a morena chiou E a morena chiou, e a morena chiou...
A noite toda de beijo e abraço, de vida de sonho, de muita ilusão Êta morena da ginga gostosa, tão boa de ritmo e de divisão
Sarapatel, lua de mel, e um camarada chegou Ele era assim, todinho a fim E a morena gostou, o sol brilhante raiou A vida continuou, ciranda recomeçou.
Compositor: Eduardo Renno Kneip (Edu Kneip) ECAD: Obra #1432285