Eu desisto Não existe essa manhã que eu perseguia Um lugar que me dê trégua ou me sorria Uma gente que não viva só pra si Só encontro Gente amarga mergulhada no passado Procurando repartir seu mundo errado Nessa vida sem amor que eu aprendi Por uns velhos vão motivos Somos cegos e cativos No deserto do universo sem amor E é por isso que eu preciso De você como eu preciso Não me deixe um só minuto sem amor Vem comigo Meu pedaço de universo é no teu corpo Eu te abraço corpo imerso no teu corpo E em teus braços se une em versos a canção Em que eu digo Que estou morto pra esse triste mundo antigo Que meu porto, meu destino, meu abrigo São teu corpo amante amigo em minhas mãos E é por isso que eu preciso... Vem que eu digo Que estou morto pra esse triste mundo antigo Que meu porto, meu destino, meu abrigo São teu corpo amante amigo em minhas mãos
Hoje Trago em meu corpo as marcas do meu tempo Meu desespero a vida num momento A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo
Hoje Trago no olhar imagens distorcidas Cores, viagens, mãos desconhecidas Trazem a lua, a rua às minhas mãos
Mas hoje, As minhas mãos enfraquecidas e vazias Procuram nuas pelas luas, pelas ruas Na solidão das noites frias por você
Hoje Homens sem medo aportam no futuro Eu tenho medo acordo e te procuro Meu quarto escuro é inerte como a morte
Hoje Homens de aço esperam da ciência Eu desespero e abraço a tua ausência Que é o que me resta, vivo em minha sorte
Ah, sorte Eu não queria a juventude assim perdida Eu não queria andar morrendo pela vida Eu não queria amar assim Como eu te amei
Compositor: Taiguara Chalar da Silva (Taiguara) ECAD: Obra #85 Fonograma #249141