Telegravei para a vovó Ela tem uma budega em Recife, Pernambuco Eu disse pra ela que estou quase maluco E quem não tenho nem onde morar Eu fui para São Paulo procurar trabalho E não me dei com o frio Tive que voltar outra vez para o Rio Porque aqui no Distrito Federal O calor é de matar e veja o meu azar Comprei o jornal do Brasil Emprego tinha mais de mil E eu não arrumei um só O que que há Estou dormindo ao relento Valei-me, Nossa Senhora O travesseiro é o diário da noite E o resto do corpo fica na última hora
Mas se eu voltar Aquela turma lá do norte me arrasa Principalmente o povo lá de casa Que vai perguntar porque é que eu fui embora Por isso eu vou ficando Dormindo aqui na porta do Municipal Com quatro mil réis eu compro um enxoval Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora
Eu fui para São Paulo procurar trabalho E não me dei com o frio Tive que voltar outra vez para o Rio Porque aqui no Distrito Federal O calor é de lascar
Estou dormindo ao relento Valei-me, Nossa Senhora O travesseiro é o diário da noite E o resto do corpo fica na última hora Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora Diário da noite é última hora
Compositores: Almira Castilhos de Albuquerque (Almira Castilho), Waldeck Arthur de Macedo (Gordurinha) ECAD: Obra #45385 Fonograma #34924