Francisco Alves

A Flor e o Vento

Francisco Alves


Cantam na mata cigarras
Anunciando o verão
Como clarins e fanfarras
Na sua eterna canção
O vento poeta boêmio
As rosas do seu amor
E ganha sempre por premio
O doce beijo da flor

Rosas rubras os seus lábios
São em um beijo-flor
Ainda em botão
E poeta, como vento
Fiz em pensamento
Tornarem-se botão em flor
Tudo passa como vento
E morreu meu sonho de amor

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