O morro da formiga vai à luta Nesta festa na corte de bambas Em verde e branco bordei a bandeira Do primeiro Império do samba
No ressoar dos atabaques O misticismo vai começar A força que emana de Palmares Agôiê Xangô, Obá, Oxum, Oyá Sou Nginga e tô na ginga desse samba Sou negra, sou guerreira, Pérola Mulher Orayêyêô Nossa padroeira seu dourado a desaguar Atotô É dele o Sol, a terra e o poder de curar Libertei minha verdade Africanidade Swing da cor a embalar O chão treme e anuncia A Imperio da Tijuca com a Órion desfilar
Na Bahia tem a gira dos meus orixás No Vale do Café revolta contra o capataz A beleza fez em foz o que sabia fazer O esplendor do Rio de Janeiro Te convido reviver
E vindo lá do sertão Uma prosa nordestina para o povo libertar Feito a divinal criação Mestre Vitalino, arte mais pura a brotar Quimeras, utopias, ideais de valor São Jorge é meu protetor Valei-me cavaleiro, justiceiro e vencedor Um país de riquezas naturais Onde quem tem muito sempre quer ter mais Nesse balanço vem brincar no meu cordão Esqueça sua dor, embarque nesta diversão Sou herdeiro dessa tropa, o saber é meu matiz Império exalta sua raiz E a massa tijucana me feliz