Gildo de Freitas
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Dizem Que o Poeta é Louco

Gildo de Freitas


Dizem que o poeta é louco
De fato eu não sou bem certo
Fui criado sem estudo
E escrevo e não me aperto
Quem escreve verso errado
Trazem pra mim que eu conserto

(É isto mesmo moçada o grosso também têm vez!)


Eu digo não sei bem certo
Porque não gosto de grito
Até hoje quem gritou
Pensando em fazer bonito
Eu deixei que nem criança
Chorando por pirulito

(Manhoso!)


Touro e cavalo velhaco
Sempre lidei com cuidado
Todo homem brigador
Com carinha de abusado
Sempre tratei com respeito
Pra também ser respeitado

(O respeito impõe respeito!)


Nunca gostei de brigar
Mas já briguei obrigado
Porque um homem correndo
Fica desmoralizado
Prefiro morrer com honra
Do que viver desonrado

(Há ha...)


Sou filho de raça pobre
Sem conhecer o conforto
Confiando e desconfiando
Sou que nem cavalo torto
Pra mudarem o meu sistema
Só sendo depois de morto

(É o pau que nasce torto não se endireita rapaziada!)


A mulher se amansa à beijo
Estudante é aconselho
A paz é um pano branco
Pra guerra um pano vermelho
O burro se amansa à espora
O covarde se espanta à relho

(Vamos encerrar sem dar nenhum laçaço mais!)

por nelson de campos

Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas)
ECAD: Obra #2283524 Fonograma #2442302

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