Meu rancho caíndo na beira da estrada Tu deve alembrar do que alembro também Quando eu brincava com a criançada Meus bons companheiros que eu tanto quis bem. Ranchinho te alembras as noites de lua Que eu abraçava o meu violão Meus bons companheiros também me rodeavam Escutando verso com toda atenção
Mais obriguei-me sair pelo mundo Chorando a saudade da separação Por que a morte arrancou um tesouro Que eu tinha guardado no meu coração
Depois que eu perdi a minha mãe querida Não tive na vida sossego pra nada Vivendo tristonho num triste abandono Qual um cão sem dono na beira da estrada Hoje ao passar por aqui recordei As horas alegres que tornou-se nada Aqui eu perdi quem eu tanto amei E a minha alegria ficou sepultada.
Aqui eu perdi o meu querido pai A minha mãezinha também faleceu Hoje só resta este rancho caído E um cantor tristonho que sou eu.
Meu rancho sem vida na beira da estrada E dentro de ti ninguém mais morou Não presta pros outros porque não tens teto Mais o teu afeto contigo ficou Eu vou reformar-te, fazer-te capela Pra ele e pra ela que um filho deixaram E de hoje em diante serás campo santo Daqueles que tanto meu berço embalaram.
por nelson de campos
Compositor: Leovegildo Jose de Freitas (Gildo de Freitas) ECAD: Obra #2285743 Fonograma #2499932