Senhor, hoje eu olho para a terra e vejo todas as sementes por vós plantadas perecerem, olho para os edifícios, as casas luxuosas, os aparelhos criados para o conforto do homem, mas eu não me mudo senhor e me pergunto:
De que adianta saber, que tudo esta com a mente voltada para coisas bem distantes, se esquecemos de nós mesmos senhor, de que adianta eu fazer o que fasso na vida eu freqüentar os lugares que eu freqüento, se na verdade apenas o meu corpo se satisfaz pois a mente continua na mesma, entorpecida por frustrações.
De que adianta Senhor se ter a imagem de rico perante os amigos se muitas vezes o próprio filho chora a falta de um pão.
De que adianta Senhor tanto trabalho pra tão pouca recompensa e tanta criatividade pra tão pouco senso e tanto tempo pra tão pouca vida.
Infelizmente senhor de que adianta eu caminhar aos quatros cantos do firmamento pedindo para que todos meditem, afinal de que adiantará eu fazer uma frase argumentando o amor, eu escrever um livro argumentando a paz, se na verdade existem homens que são pagos para criticar e derrubar os outros, pior ainda sente pela perseguição e por mais que eu fale por mais que eu cante por mais que eu grite ninguém me escutará.
E é por isso que eu vos peço Senhor, que me acolha no seu manto de paz, e que nesse mundo de muitos mitos e poucas adorações de muitas fantasias e poucas realidades, fazem com que eu procuro realmente viver e não apenas passa pela vida.
De que adianta Senhor se ter a imagem de rico perante os amigos se muitas vezes o próprio filho chora a falta de um pão.
De que adianta Senhor tanto trabalho pra tão pouca recompensa e tanta criatividade pra tão pouco senso e tanto tempo pra tão pouca vida.
Mas de que adianta. De que adianta Senhor, se ter a imagem de rico perante os amigos se muitas vezes o próprio filho chora a falta de um pão.
Compositores: Gilliard Cordeiro Marinho (Gilliard), Marcos Valerio de Araujo (Marcos Valerio) ECAD: Obra #33552 Fonograma #1301396