O Homem da Obra
Ele espera a semana inteira
Pela sua primeira vez
Para se encontrar com ela
Poe a sua roupa mais bonita
Ele sonha e acredita
Que vai ser feliz com ela
Doido pra sentir seu gosto de hortelĂŁ
Grudado no seu corpo
Agarrado igual a um collant
Homem puro que trabalha tanto
VocĂȘ Ă© tĂŁo importante
Pro futuro de um paĂs
O homem da obra se comove
Quando o coração resolve
Ao amor se entregar
Ele fica apaixonado esquece a obra num instante
Com direito a namorar
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
TĂĄ na hora de trabalhar
E vocĂȘ tem que voltar
LĂĄlĂĄlĂĄlĂĄ
O seu coração jå em pedaços
PĂł, tijolos e buracos
Se confundem em sua vista
Quando ele prepara mais um traço
Sem dores pelos braços
Que passam com o passar da vida
No aindaime ao sabor do vento
Ele chapisca com cimento
A parede e pensa nela
Quando vira a massa para a lage
Surge como por miragem
Na poeira o rosto dela
O homem da obra se empolga
Quando chega sua folga
Ele quer se libertar
Num abraço apertado esse homem empoeirado
Bem merece namorar
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
TĂĄ na hora de trabalhar
E vocĂȘ tem que voltar
LĂĄlĂĄlĂĄlĂĄ
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
Que a força divina
Também vai te iluminar
Oh, rapaz, sossega, oh, rapaz!
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