A vida acontece como tem que ser E o calor vai fazendo tudo derreter Me apoio no tempo, pra reconstruir Derramo meus sais, faço ressurgir
Tantos abismos, o tempo ta cinza Perdi o controle, nessa neblina Derrapei, eu errei Aprendi, com a vida
E virei a página Prefiro umas folhas em branco Um barco de papel, navego nesse oceano As folhas renovam, primavera, sonho A vida é bela adormecida nessa terra de demônios
Mas eu conversei com anjos, sim conversei com anjos São humanos, assim como os demônios tantos mundo amplo vamos, desbravar todo campo Entre o pranto e o trampo Tudo passa
Dias insanos, sem rumo Sumo, me conecto com submundo O mais profundo do meu consciente Até atingir o suprassumo, objetivo Me tornar onipresente do meu mundo
A vida acontece como tem que ser E o calor vai fazendo tudo derreter Me apoio no tempo, pra reconstruir Derramo meus sais, faço ressurgir [ponte 2] Lagrimas caindo na rua quente Evaporam rapidamente Todo mundo sente mas ninguém se entende Ninguém percebe
Caminho nessas ruas sempre pela sombra E num bar, repousam olhares frios como tundra Os faraós aqui não descansam em tumbas Tão como múmias e andam mortos de segunda a segunda
Vários já se foram pelo cheiro do sucesso As confusões do cérebro buscando algo inédito E continua inerte sonhando em solo infértil Deitado na neve, nesse estado febril
Sai da rotina como neo, mato a morte mato o beat, mato a corte É chacina, triple kill pego o bote e atravesso rio Levo sementes recrio a vida, a verdade, a arte É hat-trick sem limite, revenge, kill bill
A Matrix ta por um fio Sei que ela ainda não viu Junto minhas bombas e do zoom Mato os demônios como doom Pra dominar todo dojo Pés no chão como dodo Time lapse, click in rec hit in track, clack boom
Explodo tudo como pólvora Pra sair da minha caverna Encontrei ouro nas pedras Aprendi a lidar com as perdas
E hoje a noite não vai ser de trevas
Compositor: Raul Gondim Coelho (Gondim) ECAD: Obra #30060790 Fonograma #25766855