Pequeno grande homem do morro como é que tá? Vou te lançar uma idéia pra você não desandar Vou te lembrar de ouvir o que tão falando É melhor ficar ligeiro, a situação tá se agravando É ainda uma criança com poucos anos só na costa Com uns e outros por aí sei que torra Sua mãe com você até se preocupa Mas do que adianta? você ainda fica na rua Falo na rua assim, no modo de dizer Amparado só por Deus que se preocupa com você Ele te olha e ás vezes te vê sorrindo Não por estar feliz, mas sim, pelas drogas que tá ingerindo Ele te olha e sempre te vê chorando Suas lágrimas, um mar, no qual você está se afundando No qual você tá se afundando Mas ae! só falo isso porque te tenho como mano E minha cara é não te ver se desandando Ficando louco na perifa com uns maluco Fazendo o que quiser, fumando e bebendo tudo No escuro é como você se vê É aonde se encontra, não tem como correr Mas vai saber! Correr? tem como sim Basta pegar tudo isso e tentar dar nisso um fim Olha no espelho, mas nunca se reconhece Tá tão fudido que só te resta uma prece E o que acontece quando você não a faz? A resposta eu mesmo sei, não consegue estar em paz Pois não é capaz de ficar sem dar uns pega Ficar fora do crime, sem toda essa merda Sem toda essa merda
Pequeno grande homem do morro
E eu poderia ser mais um perdido Acostumado a viver no perigo Que pega um cano, engatilha e põe na sua cara Pra levar o que você tem e deixar numa bocada Mas nada me jogou pra esse caminho Só posso dizer então, irmão, não tô sozinho Na mente passa uns barato esquisito Presta atenção bem no que eu digo Os pilantras sempre querem sua derrota É só você dar uma brecha e pronto, tem vários na sua cola Muito esperei pra expressar o que eu sinto E de um modo agressivo, gelado, hoje eu faço Meu compromisso é se manter em cima A perifa tem duas caras, escolha a sua, eu tenho a minha Se eu não saber mais o que tá no meu nome Então minha cara é prosseguir e não pagar de super-homem É bem mais fácil falar com a minha boca Se for com a de um cano, a vida vai ficar mais louca Não marco touca, eu tento me manter ligeiro E caso se alguém cair, espero que eu não seja o primeiro Ae, parceiro! o dinheiro deles não me faz A droga deles muito menos, então, eu quero é mais Um dos motivos dessa vida da favela É a destruição dos irmãos sangue bom nas vielas Que mesmo sabendo que no crime nada é bom Dizem não ter nada há perder e então nele se vão (2x)
Infelizmente! é embaçado! Paz pros manos que hoje jaz!
Mas ae! Perdi um mano que tinha uns 13 de idade que deu tristeza Levou um tiro no peito e vários só na cabeça Da tristeza de lembrar que era apenas uma criança Que ficou presa no tempo e hoje só restam lembranças Mas desse irmão aqui no eliza me lembro ainda Era um moleque sangue bom, mas do lado errado da vida Quando o via à luz do dia com outros manos A banca da fumaça bem louca e ele fumando E enquanto ele ficava louco, eu refletia Olhando só de longe, pois ajudar, não mais podia Pois havia dado idéia com os aliados O que não adiantou de nada e aí ficou embaçado Um certo dia resolveu fazer uma fita Errou! meteu us cano no bairro em que residia Não sei ao certo o que ele levou de um tal fulano O resultado foi ele cair vítima do cotidiano Vários manos se vêem como um super-homem Ferro na cinta achando que eles podem Mas quando pã numa situação de peso Num dia-a-dia homicida o fim de todos é o mesmo Meu mano errou! infelizmente lamentei Ele imaginou um peito de aço, mas no fim não se deu bem Tá entregue a deus, ao todo poderoso Ae pedra, esteje em paz! Pequeno grande homem do morro