As moça de hoje em dia Nenhuma gosta que os violeiros cante Ela gosta é dos baile Porque ela dança com seus amante Os velhos gosta é de moda Que canta desde o tempo de dante Ele entra no catira E ele quer que os violeiros cante Toma um gole de quentão Bate o pé que nem gigante Faz sentir pra rapaziada Virar o facão com o cabo pra diante
Nas festas de hoje em dia Todas as mocinhas já sabe o jogo Convida sua mãe pra ir Que a velha sempre já toma um logro Chega, arranja namorado Já com a desculpa de arranjar sogro O velho fica de lado Fica com o zóio que nem João Bobo Se a filha for bonita Tem medo de haver roubo Bem vale viver casada Pra viver com a orelha pegando fogo
Nossa fama sempre corre Aqui o nome dos dois Jacó Quando eu saio em festa longe Levo a violinha de tira-có Quando eu entro no catira Risco no pinho e é uma vez só Faço moça trocar vestido E olhar no espelho pra passar pó Os velhos lá da fogueira Vem fazendo caracó Só pra ver a rebanada Batida de espora do carijó
Se eu contar a minha vida Que muita gente de mim tem dó Já fui moço advertido E gozei os tempos que foi melhor Violeiro depois que casa Pra fazer moda ainda fica pior Se a mulherzinha for brava Ela chama ele só de bocó Chama ele de galo velho Canta em cima do paió Já cantei em terreiro alheio Todos correram do carijó
Compositores: Amado Jacob (Amado Jacozinho), Antonio Jacob (Jaco) ECAD: Obra #73162 Fonograma #265604