Muita gente diz que existe destino Quero acreditar ao mesmo tempo não Tá certo que eu prazer não teria De viver nas grades de uma prisão Agora entre as grades eu fico pensando É a minha mãe que foi a culpada Nasci e cresci na maior liberdade Só vinha dormir em altas madrugadas
Minha mãe devia ter me repreendido No primeiro roubo da vida que eu fiz Arrombei um cofre tirei Cem Cruzeiros Dentro da igreja da nossa matriz Eu era criança ainda bem me lembro Dez a onze anos eu muito teria Minha mãe pegou aquele dinheiro Notei no seu rosto com muita alegria
Assim fui crescendo até ficar moço Profundando sempre no vício tirano Tinha inteligência que dava de sobra Esperto e tão vivo tal qual um cigano Fiz muitos assaltos roubos e crimes Só prazer sentia fazendo maldade No assaltar um Banco a máscara caiu Nesta vez caí nas mãos da autoridade
Agora entre as grades eu fico olhando As aves serenas voando no espaço O meu coração de tanta tristeza Parece que vai repartir em pedaço E fique dizendo aos pais de família Que têm tanto amor nos filhinhos seus Defenda seus filhos desde pequeninos Pra depois não verem sofrer como eu
Compositor: Adauto Ezequiel (Carreirinho) ECAD: Obra #2632764