Adeus vales de água cristalina Verdes campinas das invernada Adeus casa do alto da serra, a floresta da passarinhada Com "paxão" e sentimento eu digo Adeus moreninha da feição corada Minha vida vai ser muito triste porque terminei Com minha namorada
Muito tempo eu fui teu amor Para mim não me faltava nada Eu mandava cartinha pra ela, recebia resposta selada Pois eu tinha prazer Quando eu lia cartinha escrita por mãos delicada E conforme a resposta que eu lia se eu tava nervoso Eu já dava risada
Quando era para mim te ver Enfrentava até chuva pesada Caminhava três leguas por hora assobiando E cantando na estrada Eu saia na sexta de tarde Voltava na segunda de madrugada Pra te ver eu saia contente voltava nervoso Por deixar minha amada
Hoje eu vivo "que nem" um craveiro No degredo judiado com a geada Atacado de tanta saudade Meu coração da fortes pancada Hoje em dia eu não caso mais Você moreninha que foi a culpada Impossível ainda fazer roda um pavão do reino Com as asas quebradas
Compositores: Moacyr dos Santos, Antonio Jacob (Jaco) ECAD: Obra #6385966 Fonograma #54256811