Trago a cabresto uma moura Irmã do mouro que encilho Num toso de cogotilho Na cola um nó de vassoura E no balanço do tranco Firma o compasso torena Num tilintar de chilena Sonorizando a mirada
Sei que no rancho da estrada Tem uma flor na cancela Levo esta moura pra ela Regalo pra minha amada Eu vi nos olhos da linda Quando firmei a mirada Que um dia deixo a estrada Pra ter sossego e carinho
Ergo um rancho fronteiro Lá no rincão dos moraes Quem pudera querer mais Tendo essa flor e um piazito Quem é de campo e estrada E tem um sonho moreno Que respingou de sereno Os olhos da minha amada
De há muito que esta flor Povoa os sonhos mais ternos De sermos um nos invernos Na plenitude do amor E eu peço ao nosso senhor Que me conceda esta graça E essa morena me faça O mais feliz dos "domador"