Num fim de tarde, Rosa Flor voltava ao rancho Da mesma sanga dos seus tempos de criança Jå nem deu tempo de quarar lençóis e panos Porque o tempo se estendeu em chuva mansa
Mariano Luna vinha ao tranco sob um poncho De asas abertas, feito um pĂĄssaro pra o ninho Que um tempo feio desabava mais adiante E o rancho ainda tinha sonhos de carinho
Era por nada um tempo ruim, quem sabe chuva As olhos mansos de um guri quase estancieiro Com bois, ovelhas, vacas mansas e cavalos E um sonho simples de um dia ser campeiro
Mariano Luna prendeu um grito pra o guri Pois do seu sonho, sĂł um grito lhe separa Que deixou a sua estĂąncia entre resmungos E entrou pra o rancho no seu potro de taquara
Rosa Flor olhava o tempo e um temporal Trazendo ventos a se mostrar pela distĂąncia E o guri de olhos abertos na janela Cuidava a chuva alagando a sua estĂąncia
Depois o rancho escureceu, sombreando velas E o guri adormeceu seus sonhos tantos De ser campeiro, igual ao pai, ser domador De ter seus bois, vacas e ovelhas nestes campos
Mariano Luna e Rosa Flor entre seus mates Cuidavam o sono do guri dormindo ao lado Que nem ouviram a noite escura em seus lamentos Tamborilando a chuva mansa no telhado
Era por nada um tempo ruim, quem sabe chuva As olhos mansos de um guri quase estancieiro Com bois, ovelhas, vacas mansas e cavalos E um sonho simples de um dia ser campeiro
Mariano Luna e Rosa Flor entre seus mates Cuidavam o sono do guri dormindo ao lado Que nem ouviram a noite escura em seus lamentos Tamborilando a chuva mansa no telhado
Compositores: Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Jairo Alvino Fernandes (Jairo Fernandes) ECAD: Obra #22236398 Fonograma #15045977