Faz dias que eu sinto esse vento norte de inquieto e inconstante varrendo a paisagem. A chuva se faz anunciar feito a sorte quando são escassas aguada e pastagem.
João grande solito na varzea pousado o gado se ajunta pra la do rodeio cavalos nas sombras suando parados e a estancia se apronta que vem tempo feio.
É escuro pro lado em que a chuva começa e vem levantando esse cheiro de chão o peão da invernada retorna com pressa buscando o abrigo fiel do galpão.
(refrão) O mundo estremece o trovão é quem canta o raio recorta da tarde um pedaço o campo se ajoelha o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço.
Nas velhas que benzem tormentas e almas com nacos de sal sobra um velho balcão a fé se debruça o vento se acalma e a chuva se amança molhando o rincão.
O homem levanta o chapéu e bombeia o pasto rebrota e venteza denovo e a chuva que chega na seca é feia mas feita a esperança nos olhos do povo.
(refrão) O mundo estremece o trovão é quem canta o raio recorta da tarde um pedaço o campo se ajoelha o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço o céu se levanta e o vento da chuva reponta o mormaço. o mormaço. o mormaço.
Compositores: Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes), Rodrigo Nolibos Bauer (Rodrigo Bauer) ECAD: Obra #1009033 Fonograma #1361256