João Bosco
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Doce Sereia

João Bosco

Na Esquina


Falo de ti
Dama que nunca se viu
Nunca o teu nome
Alguém já repetiu
Fada ou sereia
Em mil carnavais
Ela jamais
A mesma máscara vestiu

Falo de ti
Sempre passeias aqui
No calçadão
Da praia de Aparição
Deusa de areia
Quem nunca te viu
No branco mar
Que a tua imagem refletiu

Ô, beleza
Por que sambar assim?
Sem repetir nem
Um só passo
Sem chão
Num compasso sem tempo
Sem ter um fim

Ô, beleza
Por que te amar assim?
Boca que beija
Sem os lábios
Teus olhos fechados
Olham pra mim

Pra te encontrar
Quanto terei que andar
Quanto sofrer
Quanto saber
Que você não virá
Pra te deixar
A quem dizer adeus?
A minha voz
Repetirá os gritos meus

Quero te ouvir cantar
Doce sereia
Vou me deixar levar
Por amor

Vamos juntos nadar
Na maré cheia
Quem não morre no mar
Morre na areia

Vênus, Iemanjá
Que rosto esconderá
O véu dos nomes que tentam dizer
O que não se pode ver, não
Vamos viver nós dois
Sem antes nem depois
Pingos de chuva entre a nuvem e o chão
Esse é o nosso enredo

O que eu quero é sambar
Venha ser o meu par
Eu peguei tua mão
Pra nunca largar
Pra nunca largar
Compositores: Francisco de Castro Mucci (Francisco Bosco) (UBC), Joao Bosco de Freitas Mucci (Joao Bosco) (UBC)Editor: Zumbido (UBC)Administração: Sony Music Publishing Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2000 (01/Mai)ECAD verificado obra #205459 e fonograma #50549 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM

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