Estância velha, sou eu que sinto... que penso e canto ...ofereço este acalanto ao que foste e que resiste aom progresso duro e triste que ameaça teu valor... ...dor, angustia e dissabor que a despatriar-nos insiste
Estância velha, sou eu que sinto... penso e sonho... ...como um Angüera tristonho pelos ermos campos vastos ...com saudade dos meus bastos... sangas, grotões e peraus... tropas cruzando o vau do rio deste tempos gastos.
Estância velha, sou eu que sinto... que penso e sei: és o legado que herdei dos sonhos dos meus antigos... ... testamento proferido -timbrado a pó de mangueira inventario de fronteira dos meus terrunhos sentidos...
Estância velha, sou eu que sinto... que penso e faço... sou o derradeiro lançaço de resistência em defesa da cultura e da nobreza de não suportar teu fim... ...que não quer que seja assim a roubarem-te a beleza
Estância velha, sou eu que sinto...que penso e falo... ... sou centauro de a cavalo]a render-te este lamento e nombrar-te aos quatro-ventos como gaúcho sem dono -testemunha do abandono dos teus ultimos intentos...
Compositores: Zulmar Benites de Oliveira (Zulmar Benitez), Guilherme Araujo Collares da Silva (Guilherme Collares) ECAD: Obra #2105407 Fonograma #30753282