Tropilha mansa, mesmo pĂȘlo, mesma marca Sempre delgadas, lombo liso, peito e anca Tordilhas claras, feito nuvens, junto a tropa Rondando o sono do tropeiro que descansa. SĂŁo trĂȘs potrancas castelhanas, mesma casta Sangue Cardal estas crioulas que encilho Nos corredores nas lidas de tropa e ronda Parecem tigres na noite, as trĂȘs tordilhas.
E de regresso pro meu rancho de tropeiro Vem escarceando ao trote pedindo vasa Vem farejando junto ao pasto a liberdade Do suave aroma do jardim que enfeita a casa.
E nos domingos, na minha folga de tropeiro Com meu piazito e a morena, prenda amada Jogo o que tenho nas patas dessas crioulas Pois nunca deixo meu dinheiro em carreirada.
Doces de boca num aparte de mangueira SĂŁo quases feras num rodeio campo afora Nem fazem trevos ao trotear nâalgum varzedo E nem conhecem os espinhos das esporas.