Linda, que a tela era linda e eu me lembro ainda do filme que vi que tinha Eliana, Oscarito Otelo, Adelaide, Cyl Farney, Dercy canções, carnavais e cassinos ambientes tão finos, humor infantil e uma geração de meninos amou para sempre o Cinema Brasil
Ginga de Orfeu lá no alto no morro, no asfalto, a quarenta graus no mar, no sertão, na verdade na grande cidade, na lama e no caos pois quando o cinema era novo falava do povo, falava por nós e uma juventude guerreira levou a bandeira com seu porta-voz
Linda, que Leila era linda todas as mulheres do mundo dirão foi Dina com Macunaíma foi Márcia em Ipanema abrindo o verão foi gloriosa Darlene querendo vingança aos santos clamar ou foi Adriana tão cedo que o dono do enredo mandou lhe chamar
Linda, que a tela era linda e eu me lembro ainda do filme que vi sacana, o malandro Carvana descola uma grana e sai por aí meu filme prossegue infinito no eterno conflito entre os que vêm e vão e o emblema da última cena é Fernanda serena, que escreve uma carta que sonha que é santa que cata feijão Mina Fernanda divina que a tela ilumina de pura invenção
Linda, que a tela é tão linda e é mais linda ainda na imaginação Linda, que a tela é tão linda e assim será sempre na nossa paixão.
Compositores: Joyce Silveira Moreno (Joyce Moreno), Francis Victor Walter Hime (Francis Hime) ECAD: Obra #12591644 Fonograma #1456408