Jup Do Bairro
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Transgressão

Jup Do Bairro

Corpo Sem Juízo


Tá tudo tão estranho aqui
Tão quente, tão frio
Não dá pra encostar
Mas, não se acanhe
Que esse dia fora do tempo
Há de acabar

No sufoco criado da minha própria mudança
Uma mucosa com vazio e falsas esperanças
No aperto do casulo da minha própria criação
Pensando em morte inevitável
me preparo pra morrer na solidão
Uma rachadura aparece, uma luz que me aquece
Abri meus olhos, desde então tudo me entorpece
O peso some, o corpo para, dispara
Me deparo voando com um par de asas
Paraliso com o som de um pulso forte
Descubro que a vida é possível, mas preciso ter sorte

Me deixa voar, me deixa voar, ah ah
Me deixa voar, me deixa voar, ah ah
Me deixa voar, me deixa voar, ah ah
Me deixa voar, me deixa voar, ah ah

E voo, voo longe sem fazer parada
Faço de flores e amores minhas curtas moradas
Ter um corpo que transita e me faz enxergar
Eu vou, eu sigo, estou onde eu sempre quis estar
Se eu sinto cheiro no ar, sempre vou me entregar
O verde vem na mente sempre só pra agregar
Lembro do medo da escuridão e inventei vida
Transgressão

Me deixa voar, me deixa voar
Me deixa voar, me deixa voar
Me deixa voar, me deixa voar

Me deixa voar, me deixa voar

Compositores: Jup Lourenco Mata Pires, Felipe de Oliveira Damasco
ECAD: Obra #31275539 Fonograma #21188540

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