Entre o Fogo e a Espada
Toda vez que você almoçar
E quando for jantar
Fale assim com firmeza
Obrigado, Mestre Jesus Cristo
Por ter me dado isto
Que está em minha mesa
Eu Lhe peço, meu Pai, meu Senhor
Ajude o trabalhador, Lhe imploro em seu nome
Fortaleça bem o braço dele
É somente ele que nos mata a fome
Com a força de um tanque de guerra
Ele rasga a terra sem nada temer
Combatendo na linha de frente
Ele joga a semente para depois colher
O coitado do agricultor
Derrama seu suor, não adianta reclamar
Termina a colheita, ele está inseguro
Por causa do juro que tem que pagar
Muitas vezes o pobre se cansa
De cravar sua lança em seu próprio peito
Mas se lembra que Cristo nasceu
Sofreu e morreu, mas fez tudo direito
Sua dor é uma dor que não sara
Está sempre nas garras dos gaviões e carcarás
Mergulhando contra tubarões
Ele enfrenta ladrões, bandidos e marajás
Muitas vezes para pagar suas dividas
Sua terra querida ele tem que entregar
Ele diz de todo o coroação
Essa é a lei do cão, não adianta reclamar
Só lhe resta vergonha na cara
E a reforma agrária parece não ajudar
Se revolta até contra Deus
E dos tristes olhos seus se vê lagrimas rolar
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositor: Leonildo Sachi (Leo Canhoto)
ECAD: Obra #3904731 Fonograma #1107757Ouça estações relacionadas a Léo Canhoto e Robertinho no Vagalume.FM