Quando João Major morreu no chifre de um cuiabano. A viúva Dona Inácia ajoelhou no chão chorando. Nesta lida tão infame tenho um filho inclinando. Mas nem Deus que é poderoso há de cortar os meus plano. O dinheiro compra tudo, ele há de ter estudo, Pra ser um doutor fulano.
Pra não contrariar sua mãe e com dor no coração. O rapaz tirou a espora e pendurou lá no galpão. No meio da sociedade terá boa educação. Não lhe faltará dinheiro pra cumprir sua missão. Seja tarde ou seja cedo, terá um anel no dedo, Invêis de um laço na mão.
Depois que o rapaz foi embora seis anos tinha passado. Os fazendeiros vizinhos viviam tudo alarmado. Um bando de desordeiro vinha ali pra roubar gado. Atravessava o rio pra vender no outro estado. Igual a palma da mão, esse bando de ladrão, Conhecia aqueles lados.
Com mais de cem peão armado a polícia reuniu. E fizeram uma tocaia do outro lado do rio. O cerco foi tão perfeito nem um bandido fugiu. Dona Inácia com a notícia de satisfação sorriu. Tomara que o delegado, surre de laço dobrado, Esse bando de vadio.
Nisso bate em sua porta um afobado peão. O doutor diz pra senhora ir prestar declaração. A viúva nem por sonho desconfiou da situação. Quando chegou na cadeia deu um grito de aflição. É que seu filho adorado, lá estava encarcerado, Da quadrilha era o chefão.
Dava pena a gente ver aquele tão triste quadro. A viúva entre as grades abraçando o filho amado. Aconteça o que acontecer estarei sempre a seu lado. Tanto dinheiro gastei pra te fazer um homem honrado. Meu orgulho Deus quebrou, invêis de um filho doutor, Formei um ladrão de gado.
Compositores: Teddy Vieira Azevedo (Teddy Vieira), Nelson Gomes Martins (Nelson Gomes) ECAD: Obra #2632848 Fonograma #11471578