Eu fiquei profundamente aborrecido Ao visitar a fazendinha onde nasci Chorei ao ver como o progresso é caprichoso Toda ternura do meu berço eu perdi
A figueira lá na curva da estrada Em sua sombra muitas vezes descansei Em seu lugar hoje é uma área asfaltada E do riacho nem vestígio eu encontrei
Meu Deus do céu, pra onde vamos nós O que será de nossos filhos no futuro? Se continuar esta devasta impiedosa Na realidade nosso ar não vai ser puro
A varanda onde eu guardava o velho carro Virou piscina, um lago artificial A fazendinha que era toda minha vida Hoje faz parte de uma multinacional
Aquele grupo de empresários gananciosos Não preservaram nem sequer meu estradão A faixa negra de asfalto na estrada Deixou de luto meu cantinho de sertão
Meu Deus do céu, pra onde vamos nós O que será de nossos filhos no futuro? Se continuar esta devasta impiedosa Na realidade nosso ar não vai ser puro
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)
Compositores: Manoel Rocha da Silva (Sandro Lucio) (ABRAMUS), Oswaldo Galhardi (ABRAMUS), Sebastiao Assis de Carvalho (Sebastiao de Assis) (SICAM)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2010 (11/Mar) e lançado em 2004 (30/Jan)ECAD verificado obra #125323 e fonograma #1759009 em 29/Out/2024 com dados da UBEM