Vou dizer cantando toda a minha história Sofrimento e glória, alegria e dor Igual uma abelha que constante lida Pra ganhar a vida vai de flor em flor
Nasci na barraca e desde menino Foi o meu destino sempre viajarar Artista de circo é como a neblina Que estando no espaço ninguém lhe domina E vai para onde o vento levar
Para um bom artista o circo é seu mundo Em cada segundo tem nova ilusão Só esse recanto coberto de pano Sabe o desengano do meu coração
Cada vez que eu entro para o picadeiro Vejo o circo inteiro me admirar Porém ao contrário da realidade Muitas vez sorrindo quando na verdade Sinto no meu peito o coração chorar
Se estou no trapézio arriscando a sorte Enfrentando a morte pra ganhar o pão Se lá das alturas se aplauso eu mereço Sorrindo agradeço acenando a mão
Quando estou num drama que a plateia chora Eles ignora que é tudo ilusão O meu próprio drama eu nunca revelo Sinto no peito bater em duelo No cenário triste do meu coração
De aventureiro sei que alguém me chama Porém esta fama não mereço não Todos que assim dizem não sabem direito Que dentro do peito tenho um coração
Porque é do circo que a vida eu ganho E não me acanho de assim dizer Tenho até orgulho em ser desta lida Eu nasci no circo e de cabeça erguida Digo que no circo eu quero morrer
Compositores: Zé Tapera, José FortunaPublicado em 2005 e lançado em 2005 (22/Ago)ECAD verificado fonograma #3093709 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM