Na volta daquela estrada Em frente aquela encruzilhada Todo ano a gente via Lá no meio do terreiro A imagem do padroeiro São joão de freguesia
De um lado tinha fogueira Em redor, a noite inteira Tinha caboclo violeiro E uma tal de teresinha Cabocla bem bonitinha Sambava neste terreiro
Era noite de são joão Tava tudo no serão Tava tava ramão, o cantador Quando foi de madrugada Saiu com teresa pra estrada Talvez confessar seu amor
Chico mulato era o festeiro Caboclo, bom violeiro Sentiu frio seu coração Arrancou da cinta o punhal E foi os dois encontrar Era o rival seu irmão
Hoje, na volta da estrada Em frente aquela encruzilhada Ficou tão triste o sertão Pro mode de teresina Essa tal de caboclinha Nunca mais teve são joão
Tapera de beira de estrada Que vive assim descoberta Por dentro não tem mais nada Por isso ficou deserta Morava chico mulato O maior dos cantador Mas quando chico foi embora Na vila ninguém mais sambou Morava chico mulato O maior dos cantador
A causa dessa tristeza Sabida em todo lugar Foi a cabocla tereza Com outro, ela foi morar O chico acabrunhado Largou então de cantar
Vive triste, calado Querendo só se matar O chico acabrunhado Largou então de cantar
Emagrecendo, coitado Foi indo até se acabar Chorando tanta saudade De quem não quis mais voltar E todo mundo chorava A morte do cantador Não tem batuque, nem samba Sertão inteiro chorou E todo mundo chorava A morte do cantador
Compositores: Joao Baptista da Silva (Joao Pacifico) (ABRAMUS), Raul Montes Torres (Raul Torres) (UBC)Editor: Mangione & Filhos (ABRAMUS)Publicado em 1993 (01/Dez) e lançado em 1994ECAD verificado obra #15242 e fonograma #552224 em 01/Abr/2024 com dados da UBEM