Dois irmãos de muita fibra da família despedia A fim de ganhar dinheiro pro sertão os dois seguiam No sertão do Amazonas onde a justiça não ia Lugar que um filho distante chorava e o pai não via A lei daquele sertão Era ordem do patrão só bala que resolvia
Lá naquele fim de mundo o trabalhador sofria Igualzinho um cão sem dono a cor da nota não via Quem falava em dinheiro só bala que recebia Os capangas da fazenda deste jeito respondiam Aqui a bala domina A boca da carabina é a nossa tesouraria
Os dois irmãos de coragem um para o outro dizia - Mais vale quem Deus ajuda todo santo tem seu dia Só Deus e nossa coragem é a nossa garantia Entramos numa trucada vamos jogar sem mania O Capital dos dois manos Era sangue de baiano na veia dos dois fervia
Os dois irmãos combinaram dois anos ali viviam Com um sorriso nos lábios mas por dentro remoíam Foi feito um grande levante os dois irmãos dirigiam Pegaram capanga a unha na raça e na valentia Naquele mundo esquecido Pra quem já está perdido qualquer negócio servia
Virou uma praça de guerra foi só bala que saia Trabalhadores venceram a escravidão caía Receberam o seu dinheiro patrão pagou o que devia, Cada um seguiu seu rumo lavando Deus como guia Acabou a escravidão Quem pôs a lei no sertão foram os filhos da Bahia
Compositores: Lourival dos Santos (SOCINPRO), Moacyr dos Santos (SICAM)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2017 (13/Set) e lançado em 2017 (08/Ago)ECAD verificado obra #18345 e fonograma #14246515 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM