Eu sou de uma terra boa de um mundo sério bem
diferente,
de um mundo sem preconceito de um povo humilde bem
competente,
no dia que eu vim ao mundo trouxe alegria pra muita
gente,
deixei felizes meus pais,meus irmozinhos e meus parentes,
eu cheguei com a primavera, com as flores vim contente,
aos vinte e três de setembro de mil novecentos e antigamente.

eu calculo a minha idade pelo regime que eu fui criado,
sou do tempo que o homem negociava de olhos fechado,
dispensava assinatura, papeis carimbo e papo furado,
enquanto o fio de bigode era um documento assegurado,
quando palavra de um homem tinha um valor elevado,
valia dez vezes mais que um milhao de papeis assinados.

sou do tempo em que a barba simbolizava capacidade,
não se usava bigade por brincadeira ou por vaidade,
homem se dizia homem mostrando a responsabilidade,
tinha de enfrentar a luta para mostrar masculinidade,
sou tenmpo em que a vergonha, a honra e a honestidade,
valia mil vezes mais que qualquer diplioma de faculdade .

lá a lei era o trabalho, quem trabalhava tinha valor,
cafajeste e vigarista aquela terra nunca criou,
vagabundo e puxa saco morria á mingua sem protetor,
lá o filho honrava o pai seguindo a lei de Deus criador,
lá a mãe era senhora e o pai era sera senhor,
reinava entre a familia compreensão respeito e amor.

a dança que se dançava servia apenas pra se divertir,
cantiga que se cantava era canto simples só para se ouvir,
não tinha pornografia como nas modas que hoje tem por aqui,
lá ninguém fazia nada pra se mostrar ou para se exibir,
lá o homem era mais homem, mais humano e mais gentil,
não tinha corrupção e o meu Brasil era Brasil.