Seu moço Sente aqui do meu lado Vou contar o meu passado E falar de um grande amor
Não me censure Por me ver assim jogado Quase sempre embriagado Afogando a minha dor
Eu sou caboclo Sou caipira, sou pacato Vim da roça, vim do mato Sonhando em ser doutor
E ser feliz aqui na grande cidade Mas te digo com sinceridade Que a minha felicidade Eu deixei no interior
Mas muito tempo Mas eu ainda me lembro Seu moço, era setembro De algum ano qualquer
Enchi a mala De sonho e de humildade E vim pra grande cidade Junto com minha mulher
Se eu soubesse Tudo o que sei agora Não teria vindo embora Da paz do interior
Venci na vida Mas lhe digo com certeza Que toda a minha riqueza Não vale a minha dor
Eu era jovem Na cabeça tantos planos Através dos longos anos Conquistei meu ideal
Meu caro amigo Veja só que ironia Fui notando que Maria Já não me amava igual
Fui me atirando Na bebida pouco a pouco Como alguém que leva um soco E não se levanta mais
Olha seu moço Até que ela um certo dia Deixou de ser minha Maria Pra ser Maria do cais
Meu caro amigo Enquanto eu trabalhei duro Pra garantir no futuro Ela esqueceu de mim
Eu dei pra ela Uma vida de rainha Mas ela não quis ser minha Preferiu viver assim
Olha seu moço Essa é a minha história De que vale a vitória Que eu construí aqui
Tudo que fiz É por Maria, minha amada Riqueza não vale nada Se a Maria eu perdi
Compositores: Edilson Miranda Faria (Joao Miranda) (UBC), Thiago Luqui da Silva (Thiago Viola) (ABRAMUS)Editor: Allegreto Digital (UBC)Publicado em 2018 (07/Jul) e lançado em 2018 (01/Jul)ECAD verificado obra #20870130 e fonograma #16384404 em 29/Out/2024 com dados da UBEM