Certas noites o carro está quente e onde te leva ele que decide. Certas noites a estrada não conta e o que conta é sentir que vai. Certas noites a radio que toca Neil Young parece ter entendido quem você é. Certas noites parecem um vício que não quero parar, parar nunca.
Certas noites faz um pouco de cachorrada e sentem que você não mudará mais. Aquelas noites entre coxas e mosquitos e neblina e locais onde trate como amigos. Certas noites você tem alguma ferida que alguma sua amiga desinfeterá. Certas noites com os bares que estão fechados e no primeiro posto de conveniência tem quem festejerá.
E se pode estar só, certas noites aqui, que quem se acontenta goza, mais ou menos. Certas noites ou você está acordado, ou não estará acordado nunca, nos encontramos no Mario cedo ou tarde.
Certas noites você se sente dono de um lugar que de dia não existe. Certas noites se você tem sortudo, bate à porta de quem é como você. Tem a noite que te segura entre os seios um pouco mãe um pouco galinha como é. Aquelas noites pra fazer amor até que se machuque, até que se tenha.
Não se pode ficar sozinhos, certas noites aqui, que se te acontenta goze, mais ou menos. Certas noites são noites ou as presenteamos a vocês, tanto Mario reabre, cedo ou tarde.
Certas noites você é mais alegre, mais guloso, mais ingênuo e estúpido que pode. Aquelas noites são mesmo um vício que não quero parar, parar nunca.
Não se pode estar sozinhos, certas noites aqui, que quem se acontenta goza, mais ou menos. Certas noites você está acordado, ou não estará acordado nunca, nos vemos no Mario, cedo ou tarde.