Luiz Gonzaga
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Conversa de Barbeiro

Luiz Gonzaga

Testamento De Caboclo


Eu sou barbeiro do avental bem limpo
As oito e meia eu começo o trabalho
Senta o primeiro não há privilégio
Seja o Ribeiro seja o seu Carvalho
Limpo a navalha, desinfeto tudo
Molho o pincel e passo bem sabão
Depois da barba, faço a costeleta
Se acaso senta na minha cadeira
Um freguês pão-duro, um freguês ranheta
Pego a solige mais enferrujada
Que é especial pra quem não dá gorjeta
Ai, freguês
Eu faço a a barba bem escanhoada } bis

E o pão duro nem sequer reclama
Diz “obrigado” com a voz tão gaga
Dou pedra-ume pra enxugar o bife
E a família do barbeiro paga
Tenho um fordeco muito conservado
Toda manhã eu faço lotação
Se acaso algum negócio errado
Gritam: Navalha olha contra mão
Fico zangado com essa advertência
Eu vou xingando logo toda geração
Eu sou barbeiro cabra respeitado
Não faço pouco dessa profissão

Ai freguês
Cabelo, barba, bigode e loção
Eu sou barbeiro mas de profissão } bis

por nelson de campos
Compositores: David Nasser (SOCINPRO), Luiz Gonzaga do Nascimento (Gonzagao) (UBC)Editor: Irmaos Vitale (SOCINPRO)Publicado em 2005 (18/Out) e lançado em 1996 (20/Abr)ECAD verificado obra #131198 e fonograma #1077520 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM

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