Conheço a balda do poto, feito as cismas que carrego Num par de estrelas de ferro nos papagaios da espora Pois compreendi campo a fora por que choram as nazarenas Refletem todas as penas duma condena de outrora
Neste par de estrelas bugras hĂĄ uma calvĂĄrio de espinho Onde as rosetas sĂŁo ninhos pros lamentos de um domero Que sabe a dor de um parceiro que teve o couro riscado No repechar compassado dos rituais garroneiros.
NĂŁo hĂĄ quem corte um cavalo que nĂŁo se sinta cortado Que esqueça a cruz do pecado no silĂȘncio da oração De joelho frente ao galpĂŁo, altar sagrado do campo, Ao desatar tento e grampo feito quem pede perdĂŁo.
NĂŁo foi a toa o batismo ,chamarem de nazarena Ao que impĂ”e a condena a um livre por seu caminho Pois sĂŁo coroas de espinho, rosetas, pontas de grampo E lembram espinhos santos que Cristo agĂŒentou sozinho
Compositores: Jose Renato Borges Daudt (Ze Renato Daudt), Marcelo Oliveira de Oliveira (Marcelo Oliveira), Mateus de Carvalho Neves da Fontoura (Mateus Neves da Fontoura) ECAD: Obra #3889088 Fonograma #2110736