Um colorado, delgado e “costeadão” se “arrasto” frente ao galpão quando sentei o baixeiro... Que mal costume pra um cavalo quase feito pois não se perde o respeito diante de um índio campeiro. Por vaqueano apertei as barrigueiras cabresteei reto a porteira pra “muntá” em campo aberto... Porque um fronteiro quase sempre se garante com a “semaria” por diante e os quero-quero por perto. “Muntei” ligeiro pra “firmá” a gauchada e larguei marcha troteada estendendo o meu bagual...
Que mala surte um avestruz aninhado me “saltô” todo assombrado do meio do macegal. Uma “negadita” quase me “saca” dos bastos tiniu nas franjas do pasto a roseta das chilenas... A mão certeira campeia a aba do paysandú a vida pra um índio cru por vezes fica pequena. São coisas simples do dia a dia da lida baldas de campo pra vida que ajeito com muito “gusto”... Pois um campeiro que tem a doma por luxo ão larga o jeito gaúcho pelo motivo de um susto.
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Eduardo de Souza Soares (Eduardo Soares) ECAD: Obra #2363778 Fonograma #1203129