La pucha que gineteada Botou o Neco na alazona Que se assustou das choronas Pacholentas tagarelas Logo adiante da cancela Se arrastou que é uma quatiara E já levou as mãos na cara Dando serviço pra ela
Foi bem assim de vereda Que se enredou num rebenque Que se atreve, que sustente Um careio de verdade Saiu batendo a vontade Pedindo cancha pra o mundo Quanto um lote de segundos Parece uma eternidade
No contraponto da tora Vinha bonito o morocho O relho cruzando frouxo Tachando a riba do toso Nesse ofício cabuloso De lidar com mal costeado Se perde de acovardado Se ganha de corajoso
La pucha que gineteada Dessas de ganhar rodeio Negro grudado no arreio "Vuelta de honor" por "supuesto" Numa mão, rédea e cabresto Na outra, um pala listrado O "escenario", um descampado Para o ator que sabe o texto
Vai daí que a égua roda Por sobre os caraguatás E fico a me perguntar Como é que o Neco saiu? Se escapando por um fio De arrebentar o "puchero" Naquele golpe traiçoeiro Coisa igual nunca se viu
Égua bolcando por riba Basto e pelego embarrado E aquele pala listrado Cimbrando as franjas do vento História pra muito tempo Na boca da gauchada Que ficou com a gineteada Gravada no pensamento
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #5575352