A bandeira do Rio Grande vem tremulando na frente um taura puxa o piquete “pata aberta”, bem montado... Sombreiro negro tapeado o olhar mirando “lejos” num retrato gauchesco o orgulho do nosso Estado. O “crioulo malacara” sabe o peso da forquilha pelo de ouro que brilha nesta manhã setembrina... Não sei se é lá da “Faxina” do “Carcáveo” ou “Sarandi” talvez do “Upamaroti”... mas desta Pátria Sulina! O povo batendo palmas reverencia um campeiro fronteiriço brasileiro legenda do pago antigo... Que negaceia o perigo na lida de bois e potros sem querer ser mais que os outros que assim conserva os amigos. Pelo garbo e o entono carrega o sangue farrapo descendência de índio guapo estampa tradicional... Que traz mundo rural pra o povo, mesclando ânsias... o corpo de peão de estância e a alma de um general! O “pañuelo” maragato esvoaçando no pescoço e o “Gateado” que é um colosso troteia se abaralhando... Pala encarnado “rimando” entre o pelego e o basto verso com cheiro de pasto trazido de contrabando. Dá gosto ver um gaúcho e a cada dia me lembro noutro vinte de setembro mais entonado que um galo... Hoje a mão que bota o pealo levanta o pano sagrado um pavilhão desfraldado e o Rio Grande de a cavalo!
Compositores: Mauro Sergio Montenegro Moraes (Mauro Moraes), Anomar Danubio Machado Vieira ECAD: Obra #2363928 Fonograma #1203134