Milton Nascimento

Biromes Y Servilletas (tradução)

Milton Nascimento

Nascimento


Canetas e guardanapos


Em Montevidéu há poetas, poetas, poetas

E se tambores ou trombetas, trombetas, trombetas

Eles saem de sótãos escondidos, sótãos, sótãos

De paredes de silêncios, de redondo com ponto


Eles saem de buracos mal tapados, tapados, tapados

E projetos não alcançados, cansados, cansados

Retornando fantasmas de cores, cores, cores

Para pintar suas olheiras e pedir para não chorar


Eles compartilharam ilusões, partidas, partidas

Pesadelos presos, feridas, feridas

Canos de palavras confusos, derretidos, derretidos

Em seu triste ritmo lento pelas ruas e avenidas


Eles não reivindicam glória ou louros, louros, louros

Eles só passam para papéis, papéis

Experiências totalmente pessoais, zonais e zonais

Elementos muito parciais que juntos não são tão


Eles falam sobre o amanhecer até cansar, cansar

Se você tem medo de plagiar, plagiar, plagiar

Nada disso importa mais, desde que eles escrevam

Sua mania, sua loucura, sua neurose obsessiva


Os poetas, poetas, poetas andam pelas ruas

Como se fossem pipas, pipas, pipas

Em um céu denso de metal fundido, fundido, fundido

impenetrável, desastroso, lamentável e chato


Em Montevidéu há canetas, canetas, canetas

Sangrando linhas, linhas, linhas

De palavras torcendo confusas, confusas, confusas

Em guardanapos finos, como reclusos alcoólatras


Eles andam pelas ruas escrevendo, e vendo e vendo

O que eles vêem eles dizem e sendo e sendo

Eles poetas enquanto andam, andam, andam

Eles contam o que veem, e o que não, fantasiam sobre isso


Os poetas, poetas, poetas olham para o céu

Como se fossem flechas, flechas, flechas

Jogado no espaço que um rodeio, rodeio, rodeio

Ele voltaria para pregá-los em Montevidéu

Biromes Y Servilletas


En Montevideo hay poetas, poetas, poetas

Que si bombos ni trmpetas, trmpetas, trompetas

Van saliendo de recónditos altillos, altillos, Altillos

De paredes de silencios, de redonda con puntillo


Salen de agujeros mal tapados, tapados, tapados

Y proyectos no alcanzados, cansados, cansados

Que regresan fantasmas de colores, colores, colores

A pintarte las ojeras y pedirte que no llores


Tienen ilusiones compartidas, partidas, partidas

Pesadillas adheridas, heridas, heridas

Cañerias de palabras confundidas, fundidas, fundidas

A su triste paso lento por las calles y avenidas


No pretenden glorias ni laureles, laureles, laureles

Sólo pasan a papeles, papeles

Experiencias totalmente personales, zonales, zonales

Elementos muy parciales que juntados no son tales


Hablan de la aurora hasta, cansarse, cansarse

Si tener miedo a plagiarse, plagiarse, plagiarse

Nada de eso importa ya mientras escriban, escriban, Escriban

Su mania su locura su neurosis obsesiva


Andan por las calles los poetas, poetas, poetas

Como si fueran cometas, cometas, cometas

En un denso cielo de metal fundido, fundido, fundido

Impenetrable, desastroso, lamentable y aburrido


En Montevideo hay biromes, biromes, biromes

Desangradas en renglones, renglones, renglones

De palabras retorciéndose confusas, confusas, confusas

En delgadas servilletas, como alchólicas reclusas


Andan por las calles escribiendo, y viendo y viendo

Lo que vem lo van diciendo y siendo y siendo

Ellos poetas a la vez que se pasean, pasean, pasean

Van contando lo que vem y lo que no, lo fantesean


Miran para el cielo los poetas, poetas, poetas

Como si fueran saetas, saetas, saetas

Arrojadas al espacio que un rodeo, rodeo, rodeo

Hiciera regresar para clavarlas en Montevideo

Compositor: Haim Leo Masliah (AGADU)Editor: EMI Melograf S A (SADAIC)Publicado em 1997 (28/Fev)ECAD verificado obra #7695049 e fonograma #552817 em 02/Abr/2024 com dados da UBEM

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