I get so much trouble on my mind x4 Refuse the loose!
No outro dia eram 5 da manha na madrugada gelada Ouvi chamar por mim numa voz meio assombrada Não o consigo explicar, foi como um sério chamamento É tarde no cemitério, só agora é que me lembro O rio corria, como outro dia, bonita a noite seria Se não tivesse voado pró vácuo que a sentia Caí em mim quando senti a água fria, gelada Pedi aos anjos da guarda, que atrase a minha fada Fado que falo lentamente como câmara lenta Descreve a paisagem que á minha volta se apresenta Gaia dum lado, o sino do mosteiro a espreitar Doutro a ribeira, ameaçar, começar a chorar Flashes repetitivos, episódios da minha vida Passaram-me pelos olhos como numa objectiva Reflectidas na água, imagens de amigos e inimigos Momentos de sorte e azar, como espelhos partidos Pensei "porque saltei?", carreguei na pausa, pôe pa trás Tarde demais! Com o destino não há tratados de paz Passados pa trás das costas, machados enterrados na terra Não há trégua, partido, não há lei sem regra Nas trevas penetrei, caras familiares encontrei Sentei-me no meio de gente amiga, improvisei Senti movimentos a mais, turbolências anormais Tocado fora pelas mãos de arcanjos reais Estava em pérolas de suor, acordei no meu quarto Drogado pelo sonho pensei "desta merda tou farto" Não parto, pari ideias pa escrever esta letra Cujas raizes estão ligadas entre a mente e a caneta Será a minha vida um verso, ou escreve-los a minha vida? Ou será que na minha realidade tudo se move em poesia?
I get so much trouble on my mind x4 Refuse the loose!
No outro dia sonhei que não sonhava, parecia um pesadelo Um sonho tão estranho que eu não consigo esquecê-lo As minhas mãos já não tocavam, em vão procuravam Os olhos não viam enquanto memórias se apagavam Meu corpo sentia que a mente perdia toda a força Compreendia agora que a morte seria a minha esposa Temia e combatia ainda o estado em que estava Restava na alma a esperança que o coração não bombeava Gelava na veia, que me apertava sangue que se cansa De dentro para fora, um arrepio frio avança E pára tudo, pára, numa calma celestial Já não há capacidade de lembrar o trauma inicial Já não há vontade, já não se é, deixa-se de ser Assim contado ainda é mais dificil de entender Talvez seja melhor, porque é sórdido ou mórbido Pois depois não faz sentido procurar um antidoto Ou a fórmula de voltar pa trás, se alguém disso for capaz Nada se pode fazer, enquanto se viver nada se faz Tudo isto pensei cortar, encharcado em suor Não esquecerei o que sonhei, estas palavras sei de cor Espero e por onde espero, vou contando tudo Até um dia em que a noite trará o eterno escuro Hoje já não durmo, aguento, amanha descanso Evito, vejo, não repito este sonho intenso
I get so much trouble on my mind x4 Refuse the loose!