Ai quem me dera O meu chorinho tanto tempo abandonado E a melancolia que eu sentia Tanto ouvia Ter que fazer canto chorar
Ele me lembra tanto, tanto De outro encanto de um passado Que era lindo, era triste, era bom Igualzinho ao chorinho chamado Odeon
Pensando flauta e cavaquinho Meu chorinho se desata Tira da canção no violão esse bordão Que me dá vida, que me mata É só carinho, meu chorinho Quando pega e chega assim devagarzinho Meia luz, meia voz, meio tom Meu chorinho chamado Odeon
Abre depressa Chorinho querido, vem Mostra da graça que o choro sentido tem Quanto tempo passou, quanta coisa mudou Já ninguém chora mais por ninguém
Ah, quem diria que um dia, chorinho meu Você viria com a graça que o amor lhe deu Pra dizer não faz mal Tanto faz, tanto fez Eu voltei pra chorar por vocês
Chora bastante, meu chorinho Teu chorinho de saudade Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim Porque parece até maldade Ai meu chorinho, eu só queria Transformar em realidade a poesia Ai que lindo, ai que triste, ai que bom De um chorinho chamado Odeon
Chorinho antigo, chorinho amigo Eu até hoje ainda persigo essa ilusão Essa saudade que vai comigo Que até parece aquela prece de saifão no coração Se eu pudesse recordar e ser criança Se eu pudesse renovar minha esperança Se eu pudesse me lembrar como se dança Esse chorinho que hoje em dia ninguém sabe mais
Chora bastante, meu chorinho Teu chorinho de saudade Diz ao Bandolim pra não tocar tão lindo assim Porque parece até maldade Ai meu chorinho, eu só queria Transformar em realidade a poesia Ai que lindo, ai que triste, ai que bom De um chorinho chamado Odeon
Compositor: Ernesto Julio de Nazareth (Ernesto Julio Nazareth) ECAD: Obra #1468046 Fonograma #1093106