São três da madrugada Sinto que minha mente está totalmente atravessada Merda da balada Constantemente me acaba, não consigo dormir Uma insônia danada Ansiedade que me abala Conto os minutos no relógio, tempo não passa Reflito e acho que vou explodir, para onde ir O que fazer, não sei Me acalmo e deixo o pensamento correr Vou pensar nessa vida que está foda de se viver Estou vivendo livremente aos vinte e três Sempre sonhando com tudo, lidando com a vida Que promete muitas coisas que estou sempre querendo abraçar Daqui ou de lá, do jeito que tá Usando sempre uma arma: A força de vontade Para caminhar em busca dos objetivos Que preciso alcançar sem a qual eu sinto que realmente não dá Ando indignado com os manos que cresceram ao meu lado Vejo que estão vivendo a vida somente de brisa, é foda Esse fato muito me irrita Não constroem nada, não correm atrás de nada Preferem aglomerar os sonhos, viver na mesma Ao invés de terem que enfrentar barreiras Não entendo como vivem assim, pararam no tempo Eu lamento, ó Senhor... Que bons ventos venham ao meu favor Eu preciso dar continuidade ao meu nascimento todos os dias A todo momento, a todo momento --
Relembro do passado, dos dias de oitenta e nove E eu com dezenove E já sinto uma certa saudade A vontade de voltar atrás, mas não dá Foi um tempo que vivi com muita intensidade E que hoje me traz muitas saudades dos amigos que marcaram época De alguém que me marcou com palavras, gestos e atitudes sinceras Aquela puta se foi e nem um tchau me deu Me deixou no tempo, foi, desapareceu (E ela nunca mais voltooou...) Pode crer, ela nunca mais voltou E difícil entender como tudo se deu, valeu Foi parte da minha vida que hoje em dia me faz falta (Muita falta...) Um ótimo episódio que infelizmente não tem volta Considero esse tempo uma parte valiosa da minha história E que está levando uma boa vantagem na disputa com o presente que está foda de se viver Ultimamente tenho percebido Vários manos fulanos ótarios querendo atrasar meu lado tentando apagar o meu valor Vagabundos me olhando com raiva afim de me armar uma grande cilada Mas mesmo assim eu, Nill vou que vou, não, não comigo não Fodo quem tenta me que foder Isso tem sido necessário pra se sobreviver Paro pra pensar nessas pessoas em busca de uma explicação E começo a perceber que todos elas revelam uma pobreza de espírito que não acredito Ó meu Deus, eu dou risada de tudo isso Esse mundo realmente é esquisito --
Confesso que tenho andado meio confuso E em ter que conhecer o outro lado do mundo Figuras formam, meu subconsciente E as noites se tornam em pensamentos deprimentes Eu penso que tudo um dia vai irá se acabar e como será o meu estágio em outro lugar Marvin, Marley, Hendrix, Cris, Tosh, meu mano DG Meu velho mano DG se foram E não mandaram noticias de lá Esse caminho doloroso é foda, não consigo me encaixar Teorias, milhares conheço Se o outro lado é mais belo, isso já não sei Mas um dia infelizmente terei que ir pra lá, pra depois voltar Esse ciclo é verdadeiro, eu ligado que eu não vou escapar Quando eu penso que da vida a gente leva somente a vida que gente leva Fico zoado, é tudo complicado Mas uma coisa é certa: MRN, uma sigla, meu passado, meu presente, meu futuro que carregarei por toda minha vida Como diz Jobim até na despedida Ih... acho que a porra dessa insonia tá ficando foda Boa noite São Paulo ainda estou acordado Ainda estou acordado...
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Compositor: Nilo Sergio Freitas Santos ECAD: Obra #1809109 Fonograma #491894