Um ano após a sua morte, uma coisa é certa: O mito Michael Jackson só cresceu e já dá pra dizer com segurança que seu lugar no olimpo ao lado de nomes como John Lennon, Elvis Presley e Bob Marley está mais do que garantido.

Vale lembrar que nos últimos anos Michael já não aparecia tanto quanto antes e não seria surpresa se encontrássemos jovens e crianças que nunca tivessem ouvido falar ou que só o conhecessem pelos noticiários de fofoca. Por outro lado muita gente que cresceu com ele e há tempos não parava para ouvi-lo voltou a fazê-lo. Ou seja a morte do homem Michael Jackson serviu principalmente para colocar o artista novamente em voga.

Como era de se esperar, as vendas dos discos do músico dispararam na semana após a sua morte. A Billboard registrou o inédito fato de um "álbum de catálogo" - a coletânea Number Ones - vender mais que um lançamento. Na mesma semana quase todo top 10 dessa parada foi tomada por discos de Michael. Os hits de "Thriller" (1982), como Billie Jean também o tornaram o primeiro artista a vender mais de um milhão de downloads em sete dias.


This is It
Em outubro as filmagens dos ensaios daquela que seria a turnê de retorno do ídolo viraram filme. "This is It" mostrou um lado de Michael que poucos conheciam. O do artista meticuloso que entende muito bem de seu ramo. É o tipo de obra que vai se tornar referência para artistas de todo o planeta que buscam a excelência e o profissionalismo extremo. Mais que tudo, "This is It" mostra que os shows tinham tudo para ser um sucesso não só comercial - os 50 shows estavam esgotados - mas também artístico. Ao final da projeção uma mistura de tristeza pelo evento que acabou não acontecendo, mas também de alegria por ver que, ao contrário do que se temia, no palco Michael Jackson ainda era mestre ficou na plateia. Mesmo tendo ficado por apenas algumas poucas semanas em cartaz, o filme arrecadou respeitáveis U$260 milhões. A trilha-sonora foi composta apenas por grandes sucessos do cantor mais a faixa título, até agora a única música inédita do cantor lançada após a sua morte.

A maior expecativa de fãs e imprensa está justamente nesse setor. Sabe-se que Michael Jackson gravava compulsivamente e as faixas que vira e mexe vazam na internet mostram que existe material de qualidade nos arquivos. Incluindo parcerias com Akon e Lenny Kravitz. O lançamento dessas músicas também dariam a chance de se encerrar a carreira discográfica do músico em um ponto alto. Afinal mesmo depois de sua morte e de todos revisionismos, seu último álbum "Invincible" continuou sendo visto como um fracasso - ainda que relativo. Como o acordo da Sony com a família de Michael prevê o lançamento de sete discos póstumos até 2017, supõe-se que haja muito material inédito.


Game
Como o mundo e máquina não podem parar, mais novidades estão sendo apresentadas. A mais interessante é a do video-game de Jackson, onde será possível cantar e dançar (quase) como o ídolo. Ou seja, uma coisa certa, Michael Jackson vai continuar na mídia e nas paradas por bastante tempo. E isso se dará pelos seus méritos artísticos e não pelos boatos e polêmicas que seus familiares e teóricos da conspiração seguem divulgando na imprensa.