Slipknot - .5: The Grey Chapter
Slipknot
Slipknot .5: The Gray Chapter
Para alegria dos fãs, esse disco mostra que o Slipknot continua cada vez mais bruto e na vanguarda do som pesado.

A notícia deve alegrar principalmente aqueles que temiam pelo futuro da banda depois da morte do baixista Paul Gray em 2008 e do desligamento do baterista Joey Jordison no ano passado.

".5" mostra então que os mascarados continuam com sua força intacta não só em cima do palco, mas também, e principalmente, no estúdio.

Mantendo a aura de mistério que sempre os caracterizou, o grupo decidiu por não entregar ainda o nome dos novos integrantes da banda.

De qualquer forma é praticamente certo que o baterista seja Jay Weinberg (filho do lendário Max Weinberg da E Street Band de Bruce Springsteen), que demonstra grande poder de ataque e técnica - especialmente no uso dos dois bumbos.

Slipknot letras
Já o baixista, ao que tudo indica, é Alessandro Venturella, que apareceu no clipe de "The Devil In I"

Sobre o som, quem curte a banda já sabe mais ou menos o que esperar do álbum: muito peso, uma mistura entre momentos extremamente pesados e outros mais amenos e o tradicional clima apocalíptico.

A fórmula que sempre os caracterizou - a união de instrumentos elétricos e acústicos com scratches e programação eletrônica também foi mantida.

Nesse sentido, talvez seja bom destacar a faixa de abertura. A climática "Xix" soa diferente de todo o álbum e aponta para um caminho que eles bem poderiam explorar com mais ênfase em gravações futuras. Mas isso fica para depois. Por ora, o que os fãs precisam saber é que com ".5: The Grey Chapter", o Slipknot provou que está muito bem e com um belo futuro pela frente.

Ouça "The Devil In I" com o Slipknot presente no álbum ".5: The Grey Chapter"





Suricato - Sol-Te
Suricato
Suricato Sol-Te
O sucesso que o Malta está provando que é possível sair de um reality show musical no Brasil e emplacar, ao menos em um primeiro momento, uma carreira bem sucedida.

Quem agora tenta dar um salto em sua trajetória são os cariocas do Suricato, que foi uma das mais interessantes entre as vistas no "SuperStar". Assim como o Malta ela investe em um som pouco visto no Brasil, especialmente no nosso mainstream. O folk rock contemporâneo praticado por nomes como Fleet Foxes, Bon Iver e mesmo Mumford & Sons.

A essas influências eles acrescentam uma boa dose do rock dos anos 60 e 70, sem esquecer em nenhum momento de dar uma cara legitimamente brasileira para o som - por mais que sua matriz seja anglo-americana.

O bom resultado final deste segundo álbum da banda deve-se obviamente ao bom tempo de estrada e tarimba de seus músicos - o baterista Diogo Gameiro acompanha há vários anos Nando Reis e o guitarrista e cantor Rodrigo Nogueira toca com Paulinho Moska.

"Ser-te" é assim, um bom disco de pop brasileiro, um artigo que anda muito em falta no nosso mercado. Por isso, vale a pena torcer para o seu sucesso, já que ele também pode não só abrir os ouvidos de um grande público para um som novo, como também facilitar para que mais bandas independentes daqui consigam atingir uma audiência maior.

Ouça "Trem" com o Suricato presente no álbum Sol-Te





Ben Howard - I Forget Where We Were
Ben Howard
Ben Howard I Forget Where We Were
Esse inglês de 27 anos chamou a atenção de público e crítica com seu álbum de estreia lançado em 2011 que vendeu mais de 300 mil cópias por lá e ainda foi indicado ao prestigioso Mercury Priza. Três anos depois Ben Howard está de volta e provando que não era apenas fogo de palha.

"I Forget Where We Were" traz uma mistura interessante de baladas acústicas com inegável tempero folk com sons mais contemporâneos - em várias faixas ouvem-se guitarras carregadas de delay no melhor estilo The Edge (do U2).

Como na Grã Bretanha a maré anda ótima para cantores e compositores, é de se imaginar que esse disco também será muito bem sucedido na ilha - nesse momento ele está com ótimas chances de estrear no topo da parada de lá.

A incógnita agora está em saber se ele vai conseguir ampliar esse sucesso para outros países - algo que seria bastante desejável, já que Howard demonstra grande talento como cantor e compositor e faz uma música que consegue dialogar com vários tipos de público.

Mas, nesse caso, o melhor mesmo é deixar as preocupações mercadológicas de lado e ouvir com atenção as dez faixas deste belo trabalho. Seus ouvidos certamente irão agradecer.

Ouça "End Of The Affair" com Ben Howard presente no álbum "I Forget Where We Were"