"Let It Be", o último disco dos Beatles, acaba de ganhar uma reedição luxuosa e expandida. O álbum foi remixado por Giles Martin, filho do produtor George Martin, que, curiosamente, não produziu essas sessões, e ganhou mais quatro discos com material extra (uma versão em CD duplo também está sendo lançada) que praticamente quintuplica o tempo de duração original.
"Let It Be" saiu em 1970, mas foi gravado antes de "Abbey Road" (1969) e sempre esteve cercado por polêmica. As sessões foram feitas durante as filmagens para o documentário de mesmo nome que queria mostrar o quarteto criando seu novo álbum. Em 1969, o produtor Glyn Johns criou uma versão do disco, que iria se chamar "Get Back", e acabou rejeitada - ela agora pode finalmente ser ouvida de maneira oficial.
As fitas foram então parar na mão do produtor Phil Spector que adicionou uma série de overdubs ao material original e criou uma nova sequência. Se John Lennon e George Harrison não se incomodaram com o tratamento, tanto que trabalharam com o americano em seus primeiros trabalhos solo, o mesmo não pode ser dito de Paul McCartney, que ficou particularmente ofendido com o arranjo, para ele extremamente meloso, criado para "The Long And Winding Road".
Ele também achava que o álbum final acabou deturpando a ideia original, que era de mostrar a banda de maneira mais crua, como em seus primeiros anos. Uma tentativa de "reescrever a história" se deu em 2003 com o lançamento de "Let it Be Naked", que trazia as músicas sem os adornos do produtor.
Segundo Giles Martin, com essa nova mixagem ele tentou chegar a um meio termo entre esses dois extremos. Ele só não conseguiu realizar um desejo de McCartney, que lhe disse que não gostava em particular da harpa de "Winding Road". Para azar do baixista, ela estava em uma pista com vários outros instrumentos, sendo impossível isolá-la.
A reedição também prepara os beatlemaníacos para a chegada de "Get Back", a série documental que Peter Jackson (de "O Senhor dos Anéis") fez para ser exibido no Disney+ no mês que vem.
O cineasta criou o seu filme a partir do material gravado para o filme "Let It Be", que chegou aos cinemas em maio de 1970, meses antes do grupo anunciar oficialmente a sua dissolução.
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"Let It Be" saiu em 1970, mas foi gravado antes de "Abbey Road" (1969) e sempre esteve cercado por polêmica. As sessões foram feitas durante as filmagens para o documentário de mesmo nome que queria mostrar o quarteto criando seu novo álbum. Em 1969, o produtor Glyn Johns criou uma versão do disco, que iria se chamar "Get Back", e acabou rejeitada - ela agora pode finalmente ser ouvida de maneira oficial.
As fitas foram então parar na mão do produtor Phil Spector que adicionou uma série de overdubs ao material original e criou uma nova sequência. Se John Lennon e George Harrison não se incomodaram com o tratamento, tanto que trabalharam com o americano em seus primeiros trabalhos solo, o mesmo não pode ser dito de Paul McCartney, que ficou particularmente ofendido com o arranjo, para ele extremamente meloso, criado para "The Long And Winding Road".
Ele também achava que o álbum final acabou deturpando a ideia original, que era de mostrar a banda de maneira mais crua, como em seus primeiros anos. Uma tentativa de "reescrever a história" se deu em 2003 com o lançamento de "Let it Be Naked", que trazia as músicas sem os adornos do produtor.
Segundo Giles Martin, com essa nova mixagem ele tentou chegar a um meio termo entre esses dois extremos. Ele só não conseguiu realizar um desejo de McCartney, que lhe disse que não gostava em particular da harpa de "Winding Road". Para azar do baixista, ela estava em uma pista com vários outros instrumentos, sendo impossível isolá-la.
A reedição também prepara os beatlemaníacos para a chegada de "Get Back", a série documental que Peter Jackson (de "O Senhor dos Anéis") fez para ser exibido no Disney+ no mês que vem.
O cineasta criou o seu filme a partir do material gravado para o filme "Let It Be", que chegou aos cinemas em maio de 1970, meses antes do grupo anunciar oficialmente a sua dissolução.
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