O Lollapalooza chegou à América do Sul neste final de semana com as edições chilena e argentina acontecendo simultaneamente nos dois países. Para quem vai assistir ao festival em São Paulo nesta sexta, sábado e domingo, seja pela televisão ou no Autódromo de Interlagos, já é possível saber o que esperar dos shows das principais atrações (e também das secundárias).

Dos três headliners, os únicos a fazerem mudanças significativas no repertório foram os Strokes, que tocam em SP no dia 25. Miley Cyrus (26) repetiu o mesmo show em San Isidro e Santiago, e os Foo Fighters (27) só fizeram mudanças pontuais.

Veja a íntegra dos concertos de cada um deles logo abaixo:

Foo Fighters
Foo Fighters

A banda de Dave Grohl chegou com sede de palco e entregou o esperado show repleto de hits, bom humor e algumas novidades.

Os argentinos viram uma performance um pouquinho mais curta, com 19 ao invés de 20 músicas ("This Is A Call" foi a canção "sacrificada"). O sexteto tocou os esperados hits: "Breakout", "Times Like These", "Learn To Fly", "Best Of You"..., algumas novidades de "Medicine At Midnight", o álbum mais recente, apenas duas, e também teve espaço para Taylor Hawkins assumir o microfone (e Grohl ir para a bateria) em uma versão de "Somebody To Love", do Queen.

Para quem queria ver o Jane's Addiction, que acabou cancelando os shows que fariam justamente antes da apresentação dos FF, um alento: vocalista Perry Farrel, idealizador do Lolla, que costuma estar presente nos festivais ao redor do mundo, sobe ao palco para cantar "Been Caught Stealing" (1990), um dos grande clássicos da banda de Los Angeles.

O vídeo abaixo traz o concerto chileno, acontecido na sexta, 18:



Miley Cyrus
Miley Cyrus

A cantora chegou ao Lolla em sua versão mais roqueira, com uma banda grande, onde as guitarras são o maior destaque. O show da americana tem um pouco menos de 90 minutos e faz um passeio por toda a sua carreira, privilegiando "Plastic Hearts", seu álbum mais recente.

Miley já abre com um de seus maiores hits, "We Can't Stop" e coloca um trecho de um clássico do rock alternativo dentro dela: "Where Is My Mind?" (1988) dos Pixies. Ela também presta tributos ao Blondie, com "Heart Of Glass" (1979) e mostra que também é uma "country girl", quando canta "Jolene", grande hit que Dolly Parton gravou em 1974. Confira o show de Santiago, que aconteceu no sábado (19):



The Strokes
The Strokes

Os americanos são muito cultuados especialmente na Argentina, onde são tratados com verdadeira adoração pelo público. Não que os chilenos fiquem atrás. Por lá, um coro de "Olê Olê Strokes" levou a banda a criar um improviso em cima do cântico - o lado ruim da brincadeira foi que ela acabou tomando o tempo de duas músicas que estavam no setlist mas não foram mostradas para que o tempo de término do evento fosse respeitado.

Desta forma, o show na Argentina certamente foi melhor para os fãs, já que, por lá, eles mostraram 18 músicas, contra 15 no Chile (incluindo o "Olê Olê).

A diferença desta vez para as outras vindoas do quinteto para a América do Sul está no repertório. Em 2017, quando estiveram no mesmo Lolla, em São Paulo eles tocaram praticamente e a íntegra de "Is This It?", seu clássico álbum de estreia (2001). Foram nove de suas 11 músicas.

Desta vez, o trabalho cedeu cinco canções para o repertório (quatro no Chile). Isso abriu espaço para canções de "The New Abnormal" (2020), o álbum mais recente deles, e algumas raridades, incluindo um bom número de músicas de "First Impressions Of Earth" (2005). "Under Control", de "Room On Fire" (2003) foi outra boa surpresa que os brasileiros deverão ouvir nesta sexta-feira.

Esperem também encontrar um Julian Casablancas bem mais comunicativo do que o normal. Vejam o show feito na Argentina no sábado: